Um filho rico de um rico pastor, escrevendo sobre sua vida dentro e fora da igreja; em uma sutil forma de poesia.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

"Teatro Dominical

Todo domingo eu me vestia,
De um personagem estranho,
Para uma peça que odeio,
Que encenei por anos;

Eu fui obrigado,
Mas até que era um bom ator,
Quem disse que era fácil ser o filho do pastor?

Todo domingo eu recebia,
Elogios da platéia,
Para eles era um romance,
Mas para mim uma tragédia;

Viver a agonia,
De esconder quem eu realmente sou,
Quem disse que era fácil ser o filho do pastor?

Todo domingo eu pedia,
Ao querido Deus,
Simplesmente uma família,
Onde eu fosse apenas eu;

Encerrando esta peça,
E seu cenário sem amor,
Quem disse que era fácil ser o filho do pastor?"

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

"Santa Ilusão

As pessoas constantemente oram,
Clamando por salvação,
Enquanto os mesmos ignoram,
Quem está caído no chão;

As pessoas louvam incessantemente,
O santíssimo nome do Senhor com grandeza,
Não ouvindo hipocritamente,
Os que lá fora se afogam em tristeza;

As pessoas pregam,
Ser Jesus Cristo o único caminho,
E os mesmos O negam,
Degustando carnalmente do pão e do vinho;

E se alguém deste modo acha,
Que no Juízo Final receberá o perdão,
Verá desesperado que tudo não passa,
De uma santa ilusão."