Neste feliz natal,
Queria refletir,
Sobre um assunto de certo modo banal,
Mas que poucos sabem ou gostam de discutir;
A pressão lá fora é muito grande,
Para quem passa o natal solitário,
E parecido com o aniversariante,
Levam suas cruzes até o calvário;
Muitos estão nas ruas da cidade,
Vendo as festividades do outro lado da janela,
Onde só há frio e violência, não solidariedade,
A sociedade faz questão de mostrá-los que eles não fazem parte dela;
Outros estão em seus lares, mas na verdade,
Encarcerados pela depressão,
Sozinhos e traídos pelo Judas chamado sinceridade,
Pois se abriram para suas famílias e foram rejeitados por serem quem são;
Nesta época se comemora o nascimento do menino Jesus,
Mas o menino cresceu, então como Ele passaria este dia?
Creio que como filho de Deus, espalhando um pouco de luz,
Para os perdidos na escuridão da hipocrisia;
Parece até uma piada,
Que por convenção social, visitamos e compramos presentes para quem não gostamos,
Enquanto sempre há alguém na calçada,
Que passa fome todos os anos;
Ou alguém está doente e debilitado,
Esquecido, largado num hospital,
No asilo pai e mãe choram olhando o retrato,
Dos seus filhos que os abandonaram no final;
A pessoa que precisa de ajuda está tão distante?
Ou somos nós que estamos longe de Deus,
Eu acharia impressionante,
Que Ele encontrasse entre nós um dos Seus."